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Zona Azul da COP30 Reabre Após Incêndio em Belém: Detalhes e Implicações para a Conferência Climática
A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), realizada em Belém do Pará, enfrentou um momento de tensão nesta quinta-feira (20)...
A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), realizada em Belém do Pará, enfrentou um momento de tensão nesta quinta-feira (20) quando um incêndio atingiu o Pavilhão dos Países, na área central conhecida como Zona Azul. O incidente, que durou apenas seis minutos, mas causou evacuação e atendimento médico a 21 pessoas, interrompeu temporariamente as negociações globais sobre o clima. No entanto, graças à rápida resposta das equipes de segurança e ao Corpo de Bombeiros, o espaço foi reaberto às 20h40, após rigorosa inspeção. Este episódio destaca os desafios logísticos de sediar um evento de tal magnitude em uma região tropical, mas também reforça a resiliência da organização internacional.
Com delegações de mais de 190 países reunidas para discutir metas de redução de emissões e adaptação climática, a COP30 representa um marco para o Brasil, que assume a presidência da convenção pela primeira vez na Amazônia. O incêndio, embora contido rapidamente, serviu como lembrete da importância de protocolos de segurança em ambientes de alta densidade. Neste artigo, exploramos os detalhes do ocorrido, as medidas tomadas e o impacto nas deliberações.
O Incêndio no Pavilhão dos Países: O Que Aconteceu?
O fogo eclodiu por volta das 14h no Pavilhão dos Países, uma das estruturas principais da Zona Azul, dedicada a exposições e negociações bilaterais entre nações. Vídeos divulgados pela organização capturaram o momento exato em que as chamas começaram, mostrando fumaça se espalhando rapidamente pelo teto do pavilhão. Os primeiros relatos surgiram de participantes que notaram cheiro de queimado e alertaram a segurança imediatamente.
De acordo com a nota oficial da Secretaria Executiva da COP (Secop), o incêndio foi controlado em aproximadamente seis minutos graças à ação coordenada dos bombeiros civis e militares presentes no local. A causa exata ainda está sob investigação, mas fontes preliminares apontam para um possível curto-circuito em equipamentos elétricos sobrecarregados pelo uso intenso durante as sessões. Belém, com seu clima úmido e quente, pode ter contribuído para o risco, embora a estrutura fosse projetada para resistir a tais condições.
A evacuação foi imediata e ordenada: todas as pessoas na Zona Azul, incluindo delegados, jornalistas e staff, foram instruídas a deixar o perímetro. Não houve relatos de ferimentos graves, mas o pânico inicial gerou momentos de tensão. Uma bombeira civil passou mal durante o atendimento e precisou de cuidados médicos no local, destacando o estresse envolvido na resposta emergencial.
Atendimento Médico e Evacuação
Das 21 pessoas que receberam assistência, 19 casos foram relacionados à inalação de fumaça, com sintomas como tosse, irritação nos olhos e dificuldade respiratória. Dois incidentes foram atribuídos a crises de ansiedade, comuns em situações de emergência coletiva. Até o início da noite, 12 indivíduos já haviam sido liberados, e a organização informou que continua monitorando o estado de saúde dos demais em coordenação com serviços locais de saúde.
- 19 casos de inalação de fumaça: Tratados com oxigênio e observação.
- 2 casos de ansiedade: Suportados por equipe psicológica no local.
- 12 liberados: Sem complicações adicionais.
A rapidez na evacuação evitou um cenário pior, e a Zona Azul, que abriga as negociações centrais, foi isolada para inspeção. Fotos e vídeos circulantes nas redes sociais mostram o pavilhão com marcas de fuligem, mas sem danos estruturais graves.
Medidas de Segurança e Reabertura da Zona Azul
Após o incidente, o Corpo de Bombeiros do Pará realizou uma inspeção minuciosa na estrutura afetada. A avaliação, concluída em cerca de seis horas, confirmou que o local era seguro para retomada das atividades. O governo brasileiro, em parceria com a UNFCCC (Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), emitiu um novo alvará de operação, permitindo a reabertura às 20h40.
A parte diretamente atingida pelo fogo, no entanto, permanecerá isolada até o fim da conferência, programada para 21 de novembro. Isso significa que certas exposições no Pavilhão dos Países serão realocadas para áreas adjacentes, minimizando interrupções. A organização enfatizou que todos os protocolos de segurança foram reforçados, incluindo testes adicionais de equipamentos elétricos e simulações de evacuação.
Essa resposta ágil reflete os investimentos feitos para a COP30. Belém, escolhida como sede para destacar a vulnerabilidade da Amazônia, conta com um centro de convenções moderno, o Hangar, e estruturas temporárias na Zona Azul projetadas para suportar até 50 mil participantes. O incidente não comprometeu a integridade geral, mas serviu como lição para eventos futuros.
Coordenação Internacional e Suporte Local
A Secop destacou a cooperação entre agências brasileiras e internacionais. Equipes da ONU, junto com autoridades paraenses, garantiram que a reabertura seguisse padrões globais de segurança. Além disso, o monitoramento contínuo da saúde dos afetados inclui parcerias com o Hospital Ophir Loyola, referência em emergências na região.
Não houve plenárias formais nesta quinta-feira, mas as sessões foram remarcadas para a manhã de sexta-feira (21), com acesso às delegações e transmissão online ao vivo. Isso permite que o mundo acompanhe as discussões sem pausas significativas.
Impacto nas Negociações e Perspectivas para a COP30
O incêndio, embora breve, interrompeu negociações cruciais sobre financiamento climático e preservação de florestas. A Zona Azul é o coração da COP, onde ocorrem painéis, reuniões bilaterais e anúncios de compromissos. Delegados de países em desenvolvimento, como o Brasil, usaram o episódio para reforçar a necessidade de ações urgentes contra desastres climáticos, ironizando que até eventos "verdes" não estão imunes a riscos ambientais.
Apesar do contratempo, a organização mantém otimismo. A nota da Secop agradece a cooperação dos participantes e afirma que os negociadores retornarão "com espírito de solidariedade e determinação para assegurar um resultado bem-sucedido". Temas centrais, como o Fundo de Perdas e Danos e a transição para energias renováveis, prosseguirão sem atrasos maiores.
A COP30, sob presidência brasileira, busca avançar na agenda pós-Paris, com foco na biodiversidade amazônica. O incidente pode até galvanizar o apoio, mostrando a urgência de mitigar riscos globais. Especialistas em clima, como os do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), observam que eventos como esse destacam a interseção entre segurança e sustentabilidade.
Lições Aprendidas e Preparação Futura
Para futuras COPs, o ocorrido em Belém pode inspirar melhorias em protocolos de risco. Incluindo treinamentos regulares e uso de tecnologias como sensores de fumaça inteligentes. No Brasil, o evento reforça o compromisso com a infraestrutura resiliente, especialmente em regiões propensas a eventos extremos.
Com mais de 40 mil inscritos, a conferência continua a atrair atenção mundial. Atualizações diárias estão disponíveis no site oficial da UNFCCC, garantindo transparência.
Conclusão: Resiliência em Tempos de Crise Climática
A reabertura da Zona Azul após o incêndio na COP30 exemplifica a capacidade de adaptação em meio a desafios inesperados. Enquanto o mundo discute o futuro do planeta, incidentes como esse nos lembram que a luta contra as mudanças climáticas exige não só compromissos políticos, mas também preparo prático. Com as negociações retomando na sexta-feira, espera-se que Belém saia fortalecida, impulsionando acordos ambiciosos para um planeta mais sustentável. A solidariedade demonstrada pelos participantes é um sinal positivo de que, juntos, podemos superar obstáculos e avançar rumo a um legado climático duradouro.
Este episódio, longe de desanimar, pode se tornar um catalisador para maior conscientização. A COP30 prossegue, e o Brasil, como anfitrião, reafirma seu papel central na agenda global ambiental.





