
Pesquisa Quaest: Lula Lidera em Todos os Cenários e Flávio Bolsonaro Fica em Segundo Lugar
A política brasileira para as eleições de 2026 ganha contornos mais definidos com a divulgação de uma nova pesquisa da Quaest, encomendada pela Genial...
A política brasileira para as eleições de 2026 ganha contornos mais definidos com a divulgação de uma nova pesquisa da Quaest, encomendada pela Genial Investimentos. Em um momento histórico, sem a presença do nome de Jair Bolsonaro nas urnas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) consolida sua liderança em todos os cenários simulados de primeiro turno, variando entre 34% e 41% das intenções de voto. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), indicado pelo pai como possível sucessor, surge consistentemente em segundo lugar, marcando uma posição forte no espectro da direita. Essa é a primeira sondagem pós-indicação de Flávio, refletindo o dinamismo do tabuleiro eleitoral brasileiro.

Metodologia e Contexto da Pesquisa
Realizada entre os dias 11 e 14 de dezembro de 2023, a pesquisa ouviu 2.004 brasileiros com 16 anos ou mais, em todo o território nacional. Com uma margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos e nível de confiança de 95%, o levantamento oferece uma visão confiável do humor eleitoral atual. Essa é a primeira vez que uma pesquisa de grande porte exclui o nome de Jair Bolsonaro das opções, após sua inelegibilidade confirmada pelo TSE, abrindo espaço para figuras como Flávio Bolsonaro emergirem como alternativas na direita conservadora.
O contexto é de um país polarizado, onde a aprovação do governo Lula oscila em torno de 48%, empatada tecnicamente com a desaprovação de 49%. Esses números indicam um eleitorado dividido, mas com o petista mantendo uma base sólida, especialmente no Nordeste e entre classes mais baixas. A entrada de Flávio, com seu perfil midiático e herança familiar, testa a viabilidade de uma "bolsonarização" sem o patriarca, enquanto nomes como Ratinho Jr. e Tarcísio de Freitas representam uma centro-direita mais moderada.
Resultados dos Cenários de Primeiro Turno
Nos seis cenários testados, Lula se mantém imbatível na frente, mas os percentuais variam conforme a composição dos adversários. Em um cenário com Ratinho Jr. (PSD), governador do Paraná, Lula atinge 39%, seguido por Flávio com 23%, Ratinho com 13%, Renan Santos (2%) e Aldo Rebelo (2%). Já contra Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, o petista sobe para 41%, com Flávio em 23%, Tarcísio em 10%, Renan em 2% e Aldo em 1%.
Outras simulações destacam Romeu Zema (Novo), governador de Minas Gerais, com 6% em um cenário onde Lula tem 39% e Flávio 27%. Ronaldo Caiado (União Brasil), de Goiás, aparece com apenas 4%, contra 39% de Lula e 27% de Flávio. Em uma disputa mais ampla com seis adversários, os números são: Lula 37%, Flávio 23%, Ratinho 11%, Zema 4%, Caiado 3%, Renan 1% e Aldo 1%.
O cenário mais fragmentado, com sete candidatos, mostra Lula em 34%, Flávio em 21%, Ratinho em 12%, Ciro Gomes em 8%, Zema em 4%, Caiado em 2%, Renan em 1% e Aldo em 1%. Esses resultados sugerem que a dispersão de votos na direita beneficia Lula, mas Flávio se consolida como o principal opositor, absorvendo uma fatia significativa do eleitorado bolsonarista.
- Lula's consistência: Varia de 34% a 41%, demonstrando resiliência.
- Flávio's ascensão: Sempre em segundo, de 21% a 27%, indicando força familiar.
- Outros governadores: Baixos percentuais, como 4% a 13%, apontando para desafios na unificação da oposição.

Simulações de Segundo Turno e Avaliação do Governo
No segundo turno, Lula demonstra superioridade clara contra todos os adversários testados. Contra Ratinho Jr., o presidente marca 45% contra 35% do governador paranaense. Na briga com Ronaldo Caiado, Lula chega a 44% ante 33% do goiano. Esses números reforçam a narrativa de um petista favorito em uma polarização clássica esquerda-direita, ecoando as eleições de 2022.
A avaliação do governo atual, com aprovação e desaprovação empatadas em 48% e 49%, reflete desafios econômicos e sociais, mas também avanços em políticas sociais. A pesquisa Quaest não só mapeia intenções de voto, mas também sinaliza tendências: a direita precisa de uma figura unificadora, e Flávio Bolsonaro surge como teste para essa equação.

Conclusão: Um Eleitorado em Transformação
A pesquisa Quaest ilumina o caminho para 2026, com Lula como âncora da esquerda e Flávio Bolsonaro pavimentando uma herança na direita. Embora os números atuais favoreçam o presidente, o cenário político brasileiro é volátil, influenciado por eventos econômicos, judiciais e midiáticos. Essa sondagem, ao excluir Bolsonaro pai, abre portas para novas narrativas, mas também expõe a fragmentação opositora. Analistas aguardam próximos levantamentos para ver se Flávio consolida sua posição ou se nomes como Tarcísio ganham tração. Em um país de contrastes, o voto de 2026 promete ser mais uma batalha pela identidade nacional.





