
Influenciadora Trans Romagaga Guidini é Presa em Confusão em Hotel de São Paulo
Em um episódio que chamou atenção nas redes sociais e na mídia brasileira, a influenciadora digital trans Romagaga Guidini, de 30 anos, foi detida pel...
Em um episódio que chamou atenção nas redes sociais e na mídia brasileira, a influenciadora digital trans Romagaga Guidini, de 30 anos, foi detida pela Polícia Militar na manhã de sábado, 27 de julho de 2024, durante uma confusão em um hotel no centro de São Paulo. O incidente, que envolveu uma transmissão ao vivo e atos de desordem, gerou debates sobre privacidade, comportamento público e os desafios enfrentados por personalidades digitais. Romagaga, conhecida por seu conteúdo provocativo e engajado com a comunidade LGBTQIA+, foi liberada no dia seguinte, mas agora cumpre medidas cautelares impostas pela Justiça.

O Incidente no Hotel da Rua Augusta
A confusão ocorreu em um hotel na agitada Rua Augusta, no bairro dos Jardins, por volta das 10h. De acordo com o boletim de ocorrência registrado no 78º Distrito Policial, Romagaga teria invadido o estabelecimento alegando que seu celular havia sido roubado pelo gerente. No entanto, o funcionário relatou uma versão diferente: segundo ele, a influenciadora o ameaçou verbalmente e tentou danificar uma porta e um computador do local.
Em meio à discussão, Romagaga iniciou uma transmissão ao vivo em suas redes sociais, momento em que se despiu em uma área comum do hotel. Esse ato foi interpretado como obsceno e contribuiu para a escalada do conflito, motivando a intervenção da Polícia Militar. Testemunhas no local descreveram a cena como caótica, com a influenciadora embriagada e resistindo às orientações dos funcionários. A polícia chegou rapidamente após o chamado e encontrou o celular ainda em posse de Romagaga, contrariando sua alegação inicial de roubo.
Prisão, Acusações e Liberdade Provisória
Romagaga foi presa em flagrante e levada para a delegacia, onde foi autuada por diversos crimes: desobediência, desacato à autoridade, ato obsceno, ameaça, embriaguez em via pública e invasão de propriedade. Durante a detenção, ela permaneceu sob custódia até a audiência de custódia realizada no domingo, 28 de julho.
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu liberdade provisória à influenciadora, mas com restrições rigorosas para evitar reincidência. As medidas cautelares incluem:
- Comparecimento mensal e sempre que intimada aos atos do processo;
- Obrigação de manter o endereço atualizado junto à Vara competente;
- Proibição de frequentar o hotel onde ocorreu o fato;
- Restrição de se ausentar da comarca de residência por mais de oito dias sem autorização judicial.
O descumprimento de qualquer uma dessas determinações pode resultar na revogação da liberdade e no retorno à prisão. O caso agora tramita na Justiça, e Romagaga deve se apresentar regularmente para acompanhamento.

Perfil de Romagaga Guidini e Impacto na Carreira
Com 30 anos, Romagaga Guidini emergiu como uma figura proeminente no cenário digital brasileiro, especialmente na comunidade trans e LGBTQIA+. Sua projeção nacional veio por meio de conteúdos ousados nas plataformas como Instagram e TikTok, onde aborda temas como identidade de gênero, empoderamento e críticas sociais. Com milhares de seguidores, ela se posiciona como ativista, mas também é conhecida por polêmicas que dividem opiniões.
Este incidente não é o primeiro a envolver a influenciadora em controvérsias públicas. Anteriormente, Romagaga já havia gerado debates com lives e postagens que desafiam normas sociais. Especialistas em comunicação digital apontam que casos como esse destacam os riscos da exposição online, especialmente para minorias vulneráveis. No entanto, apoiadores de Romagaga argumentam que o episódio reflete preconceitos e a falta de suporte para pessoas trans em situações de vulnerabilidade.
Após a liberação, Romagaga usou suas redes para se manifestar, alegando que foi vítima de discriminação no hotel. Seus seguidores se dividiram: enquanto alguns a apoiam incondicionalmente, outros criticam o comportamento como irresponsável.

Conclusão: Reflexões sobre Visibilidade e Responsabilidade
O caso de Romagaga Guidini ilustra as complexidades da vida de influenciadores digitais, onde a busca por engajamento pode colidir com limites legais e éticos. Em um país como o Brasil, que avança em direitos para a população trans, episódios como esse reforçam a necessidade de maior conscientização sobre saúde mental e suporte comunitário. Enquanto o processo judicial prossegue, o incidente serve como lembrete de que a liberdade de expressão deve ser exercida com responsabilidade, especialmente em espaços públicos. A trajetória de Romagaga continua a inspirar discussões sobre inclusão e os desafios da visibilidade na era digital.




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