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Brigitte Bardot: Ícone do Cinema e Ativista, Relembrando uma Vida de Impacto aos 91 Anos
Brigitte Bardot, a eterna musa do cinema francês e símbolo global de sensualidade e emancipação feminina, faleceu neste domingo (28), aos 91 anos, dei...
Brigitte Bardot, a eterna musa do cinema francês e símbolo global de sensualidade e emancipação feminina, faleceu neste domingo (28), aos 91 anos, deixando um legado que transcende as telas. Nascida em 28 de setembro de 1934, em Paris, Bardot não era apenas uma atriz deslumbrante, mas também uma voz poderosa no ativismo pelos direitos dos animais, influenciando debates políticos e culturais ao redor do mundo. Sua morte marca o fim de uma era, mas sua imagem e suas causas continuam a inspirar gerações. Neste artigo, relembramos os principais capítulos de sua carreira e engajamento, destacando como ela moldou a cultura pop e o ativismo contemporâneo.
Os Primeiros Passos no Cinema e o Surgimento de uma Estrela
A jornada de Brigitte Bardot no mundo do entretenimento começou ainda na infância, quando, incentivada pela família, iniciou estudos de balé na renomada academia de dança de Paris. Aos 15 anos, ela já posava para revistas de moda, chamando atenção por sua beleza natural e carisma inconfundível. Sua estreia no cinema veio em 1952, com o filme Le Trou Normand, mas foi em 1956, com E Deus Criou a Mulher (dirigido por seu então marido, Roger Vadim), que Bardot explodiu como fenômeno internacional.
O filme, que retratava uma jovem rebelde e sexualmente libertadora, chocou a sociedade conservadora da época e catapultou Bardot ao status de ícone. Ela se tornou o epítome da "BB" – uma mulher independente, sensual e desafiadora das normas patriarcais. Essa projeção influenciou não só o cinema, mas também a moda, com seu penteado despenteado e biquínis ousados definindo tendências nos anos 1960. Bardot atuou em mais de 40 filmes, incluindo sucessos como Paris é Célebre (1961) e Viva Maria! (1965), ao lado de Jeanne Moreau, consolidando-se como uma das atrizes mais fotografadas e admiradas da história.
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O Impacto Cultural e as Visitas ao Brasil
Bardot não era apenas uma estrela de Hollywood europeia; sua influência se estendia globalmente, inclusive ao Brasil. Em 1964, durante a ditadura militar, ela visitou o Rio de Janeiro, onde foi recebida com fervor popular. Fotos da época capturam sua alegria nas praias de Copacabana e interações com fãs, momentos que humanizavam a diva e aproximavam o cinema francês da cultura brasileira. Essa viagem, em um período politicamente tenso, destacou Bardot como figura de liberdade e exotismo, contrastando com o regime autoritário.
Nos anos seguintes, Bardot continuou a brilhar em produções internacionais, como Se Don Juan Fosse Mulher (1973), mas sua imagem pública começou a evoluir. Ela se tornou um símbolo da contracultura, inspirando músicas (como a canção "Brigitte Bardot" de Serge Gainsbourg) e movimentos feministas. No entanto, a pressão da fama a levou a uma aposentadoria precoce em 1986, aos 51 anos, após o filme Helena. Sua decisão reflete o custo pessoal de ser um ícone, mas também abriu portas para um novo capítulo em sua vida.
- Filmes Marcantes: E Deus Criou a Mulher (1956), Paris é Célebre (1961), Viva Maria! (1965).
- Influências: Moda, música e debates sobre igualdade de gênero.

Ativismo Político e Legado pelos Direitos dos Animais
Após deixar as telas, Bardot dedicou-se integralmente ao ativismo, fundando a Brigitte Bardot Foundation em 1986. Sua luta pelos direitos dos animais ganhou contornos políticos, com petições ao Parlamento Europeu e manifestações em Bruxelas contra crueldades como touradas e testes em animais. Em 2017, ela se encontrou com o presidente francês Emmanuel Macron para discutir reformas legislativas, demonstrando como sua influência se estendia à esfera política. Bardot criticou abertamente políticas que permitiam o abate de golfinhos e a caça de focas, tornando-se uma voz incômoda para governos e indústrias.
Seu engajamento não foi isento de controvérsias; Bardot enfrentou multas por declarações polêmicas sobre imigração e islamismo, o que a levou a sete condenações por incitação ao ódio. Ainda assim, seu trabalho salvou milhares de animais e inspirou leis protetoras em vários países. Como ativista, Bardot transformou sua fama em ferramenta para mudança social, ligando entretenimento a pautas políticas urgentes.

Em conclusão, Brigitte Bardot foi mais do que uma atriz: ela foi uma revolucionária cultural e política que desafiou convenções e defendeu causas essenciais. Sua morte aos 91 anos nos convida a refletir sobre o poder das celebridades em moldar o mundo. Enquanto suas fotos continuam a encantar, seu legado de liberdade e compaixão perdurará, influenciando debates políticos e culturais por décadas. Adeus, BB – o mundo é mais pobre sem você.





